"A Justiça tarda e é falha. Mas não se iludam, aventureiros! Um a um, cada um de vocês estará nesse mesmo lugar. Onde hoje está João, onde hoje está Jonas. O Patíbulo, o cadafalso, a forca... O fim. Um por um será executado, até que não sobre nem um grão de areia. Nem uma semente. Um: apenas um subirá ao paraíso.
Há uma história, uma fábula hindu, uma parábola que se aplica bem à visão que vocês têm do jogo. E também serve para qualquer um que se pensa capaz de explicar a vida. Um elefante, muito grande e muito cinza, estava comendo tranquilamente num belo jardim... parou para suspirar. O bramido do elefante chamou a atenção de três homens cegos que passavam por ali.
"O que foi isso?", perguntou o primeiro homem.
O segundo homem respondeu, com segurança: "Um elefante!”
“E o que é um elefante?”, perguntou o terceiro homem.
“Devemos investigar!”, disse o primeiro homem, e se aproximou do elefante, por trás. Pegou a cauda do elefante e a examinou:
“Já sei! Um elefante é fino e comprido como uma corda!”.
Então o segundo homem cego chegou perto da cabeça do elefante e acariciou a sua grande orelha.
“Não senhor! Um elefante não se parece com um corda. É grande e liso como um tapete!”
Finalmente, o terceiro homem tocou a pata do elefante e tentou abraçá-la e medí-la com os braços:
“Vocês dois estão equivocados! Um elefante não se parece com uma corda ou um tapete. Um elefante é como uma grande coluna!”
“Não, é como uma grande corda!”
“Um elefante é como um tapete!”
“É como uma coluna!”
Uma corda! um tapete! uma coluna!
Enquanto isso, o elefante, muito grande e muito cinza, continuou a comer as folhas de uma árvore, indiferente à conclusão a que os três nunca chegariam...
Vem, vem conhecer o elefante antes dos outros, João Mauricio".
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